Resumo: | A situação dos recursos humanos de saúde na Argentina caracteriza-se por desproporção entre as categorias de pessoal, distribuição geográfica desequilibrada, incorporação de atividades de saúde em certas categorias de pessoal e falta de coerência entre os institutos de formação pessoal. As diversas categorias de pessoal evoluíram sem uma política coerente e sustentada (entre 1969 e 1980 o aumento de pessoal profissional não médico foi superior a 100%). Os dados mais recentes mostram uma tendência persistente à concentração nas capitais e grandes centros comerciais, embora o grande número de médicos nesses lugares tenha obrigado os profissionais a trabalhar também em pequenas localidades rurais. Embora o mal seja generalizado no país, a província de Buenos Aires é um exemplo típico do desequilíbrio na proporção entre médicos e enfermeiras (segundo dados de 1983, havia 27.307 médicos e 11.722 enfermeiras). Por outro lado, não existe coordenação entre a demanda de médicos e o número de diplomados nem tampouco planejamento dos cargos dos outros profissionais de saúde. Os autores destacam que, embora a proporção de pessoal feminino seja de 60%, a maior concentração ocorre nas categorias de auxiliares e ajudantes (em 1980, 80% dos cargos profissionais e diretivos eram ocupados por homens). A correção do desequilíbrio de todo o sistema dos recursos humanos foi incluída no plano do Seguro Nacional de Saúde proposto em 1985, que se baseia em cinco princípios: cobertura universal, vontade nacional, pluralismo, participação comunitária e federalismo^ipt.
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