Resumo: | [...] Passa em revista o aparecimento do hospital como instrumento de intervenção na doença e no doente, a partir do século XVIII. Refere-se aos relatórios de Tenon e Howard sobre a situação dos hospitais em diversos países da Europa, trabalhos que se afastam da análise do hospital como "simples figura arquitetônica" para formular recomendações com base no número de leitos, no espaço útil da instituição, nas dimensões das salas, nas taxas de mortalidade etc., estabelecendo um novo conceito funcional da organização "médico-espacial do hospital". [...] Penetra no estudo das características hospitalares e da prática médica da Idade Média e dos séculos XVII e XVIII, e da característica vigente a partir da segunda metade do século XVIII. Destaca a relação direta da organização hospitalar, de um lado, com o ordenamento econômico que envolve o mercantilismo e a significação do homem para o desenvolvimento social e militar e, de outro, com a aplicação de uma tecnocologia que se poderia classificar de política: a disciplina. Considera que a introdução dos mecanismos disciplinares no espaço confuso do hospital permitiu sua "medicalização" e o desenvolvimento do hospital médico-terapêutico.(AU)^ies.
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