Resumo: | Neste texto, o autor afirma que é tarefa da medicina integral superar as limitações que, devido aos enfoques puramente biológicos, se impôs à medicina atual. O médico de hoje em dia se entregou à técnica, e com isso perdeu de vista o seu objetivo mais transcendente: a ação médica se limita a constatação dos sintomas objetivos que se manifesta a enfermidade, a fim de localizar o processo patológico em um sistema de classificação, para logo aplicar o tratamento correspondente. Neste esquema teórico e de ação, a concepção antropológica de que “não há mais doenças, e sim doentes”, se banaliza, perde todo o seu significado. Em outros termos, se reduz o paciente a um simples objeto de diagnóstico e terapia. A educação técnico-científica que os estudantes têm recebido pouco contribui a fortalecer o caráter, o sentido ético, e a desenvolver a sensibilidade e responsabilidade social. Em outros termos, a educação médica, propriamente, contribui muito pouco para a orientação e enriquecimento da personalidade do futuro médico. Desta forma, ela parece desenhada para distorcer a ideia da medicina, cuja transformação em mera técnica está conduzindo a uma progressiva desumanização. Desta forma, o autor dá o exemplo de vários países, e como estão atuando suas universidades, com relação a humanização da medicina. Por fim, ele propõe que sejam realizadas conferências e seminários acerca deste tema, bem como um programa de trabalho, proposto pelo Centro de Estudos de Antropologia Médica^ipt.
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